Plataforma: Nintendo DS
Desenvolvedora: AlphaDream
Distribuidora: Nintendo
Lançamento: 28 de Novembro de 2005 (América do Norte)
Após o sucesso estrondoso de Mario & Luigi: Superstar Saga, a Nintendo, junto com a Alphadream, não perdeu tempo em lançar uma sequência. E assim chegamos a Mario & Luigi: Partners in Time, um título que traz algumas inovações, mas também algumas decepções.
História: Um Tom Mais Sombrio, Mas Com Falta de Profundidade
A narrativa de Partners in Time apresenta um enredo mais sombrio e intrigante, desta vez envolvendo viagens no tempo. Mario e Luigi, junto com suas versões bebês do passado, se unem para combater uma invasão alienígena dos temíveis Shroobs, que planejam dominar o Reino Cogumelo. Embora a premissa seja interessante, senti que a história ficou um pouco aquém em comparação ao jogo anterior. O desenvolvimento narrativo parece um tanto parado, focando excessivamente nas viagens a diferentes períodos para recuperar pedaços da Cobalt Star, o que resultou em uma trama menos envolvente. Apesar de algumas reviravoltas, faltou o mesmo charme e dinamismo da saga original.
Jogabilidade: Evolução e Repetição Andam Lado a Lado
No quesito jogabilidade, Partners in Time se destaca como uma evolução clara do título anterior. O jogo é fluido e a dificuldade é bem equilibrada, proporcionando uma experiência desafiadora, mas acessível. As batalhas contra chefes introduzem mecânicas interessantes e novas Ações Bros./Ataques Bros., que mais uma vez adicionam uma camada extra de estratégia, tornando os combates e Quebra-cabeças mais complexos e divertidos.
Porém, nem tudo é perfeito. Embora o jogo ofereça uma boa variedade de mapas, notei uma certa repetição nos quebra-cabeças ao longo dos diferentes cenários. Muitos desafios acabam sendo reciclados, o que pode gerar uma sensação de monotonia em certos momentos.
Visual e Design: Um Show de Capricho
No aspecto visual, a equipe da Alphadream mais uma vez fez um trabalho fantástico. Assim como no primeiro jogo, o design dos personagens é caprichado e cheio de personalidade. Mario, Luigi e suas versões bebês são incrivelmente bem representados, e os cenários, tanto no presente quanto no passado, são lindos e criativos. O cuidado nos detalhes visuais realmente ajuda a manter a atmosfera única da série.
Trilha Sonora: Um Toque de Imersão
A trilha sonora continua sendo um dos pontos altos da franquia. As músicas de Partners in Time elevam a imersão em momentos-chave do jogo, complementando perfeitamente o tom mais sombrio da história. As faixas variam entre suspense e pânico, encaixando-se de forma impecável às situações enfrentadas pelos personagens. Mais uma vez, Yoko Shimomura entrega um trabalho que merece destaque.
Novas Mecânicas: Nem Tudo Funciona Bem
Uma das maiores mudanças em Partners in Time está nos Ataques Bros., que agora funcionam como itens compráveis nas lojas, em vez de depender de BP como no jogo anterior. Essa alteração, no entanto, foi uma das maiores decepções. Muitas vezes me vi sem os itens necessários para realizar os Ataques Bros., o que limitou a minha estratégia nas batalhas e diminuiu um dos principais atrativos do combate.
Por outro lado, as novas Ações Bros. foram bem implementadas, introduzindo habilidades como voar, virar uma bola ou até mesmo escavar com os bebês. Essas ações trazem uma camada de quebra-cabeças interessante e variada, ainda que algumas repetições nos desafios possam cansar o jogador a longo prazo.
Dificuldade e Rejogabilidade: Equilibrado, Mas Sem Fator Replay
Em termos de dificuldade, o jogo mantém o mesmo equilíbrio de Superstar Saga. Se o jogador se dedicar a lutar regularmente e melhorar seus personagens, conseguirá avançar sem grandes dificuldades. No entanto, o maior problema de Partners in Time é a falta de um fator replay. Após completar o jogo, não há muito incentivo para continuar jogando, o que reduz o apelo a longo prazo.
Pontos Negativos
História menos envolvente: Embora a premissa seja interessante, a trama carece do dinamismo e charme do jogo anterior, além de focar excessivamente em viagens no tempo para recuperar pedaços da Cobalt Star.
Repetição nos desafios: Os quebra-cabeças, apesar de criativos, sofrem com reciclagem, o que pode causar monotonia ao longo do jogo.
Alteração nos Ataques Bros.: A mudança para torná-los itens consumíveis é uma escolha questionável, limitando a estratégia nas batalhas e reduzindo a diversão desse elemento.
Falta de fator replay: Após completar o jogo, não há conteúdo adicional significativo, o que reduz a rejogabilidade.
Falta da Localização Brasileira.
Conclusão: Vale a Pena, Mas Não Sem Reservas
Embora Mario & Luigi: Partners in Time tenha suas falhas, ele ainda oferece momentos de imersão e diversão. A jogabilidade evoluiu, os visuais continuam encantadores e a trilha sonora é espetacular. No entanto, a narrativa menos envolvente, a repetição nos quebra-cabeças e a mudança nos Ataques Bros. prejudicam a experiência em comparação ao título anterior.
Se você é fã do primeiro jogo, certamente encontrará algo para aproveitar nesta sequência, mas é importante ajustar as expectativas. Apesar de suas limitações, Partners in Time é um jogo que vale a pena ser jogado, mas talvez não deixe a mesma marca que o original.
Nota Final: 8.0/10
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